Quando eu penso que tudo está devidamente encaixotado e muito bem guardado tenho uma surpresa. Não, aquelas coisas todas que tentei organizar, esconder e colocar embaixo do tapete ressurgem. Mais firmes, mais fortes, tentando mostrar que não irão embora assim tão rápido. Bom mesmo seria se os nossos problemas e medos escuros fossem embora ao primeiro pedido. Medo, por favor, me deixa. Medo, por gentileza, sai à francesa. Medo, por obséquio, está na sua hora. Vem que te ajudo a arrumar as malas. Mas ele não arreda o pé. Insiste em ficar. E uma hora as forças te abandonam, uma hora elas chegam ao seu ouvido e dizem "não dá mais". E você se vê meio perdido, exausto de tanta luta, tentando encontrar um lugar onde consiga respirar aliviado. Mas o alívio não chega, a paz não chega, a tranquilidade não chega. E você pensa em desistir de tudo, já que está fraco, sem esperança, sem vontade de seguir adiante nessa batalha que é dura, dolorida e pesada demais. Só que alguma coisa dentro de você grita alto. Essa coisa é a tal força. Ela diz que você não pode se entregar, que é necessário segurar as pontas, aguentar mais um pouco e que sempre há uma alternativa. E te alerta: por que ao invés de obrigar o medo a ir embora você não o acolhe? Por que não pega o medo no colo, faz carinho, dá beijos e abraços? Por que ao invés de lutar contra ele você não o convida para um cafezinho com biscoitos de sequilho? E você repensa tudo, resolve dar uma chance para o medo. Resolve se dar uma nova chance.
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A nova chance
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Chegando lá
De vez em quando bate aquele desajuste de sentimentos, já que nem sempre entendo direito o que quero. E frequentemente fico um pouco apreensiva quando conquisto o que tanto desejo. Agora você diz que estou maluca, que é incrível realizar um sonho antigo, que a felicidade mal cabe no peito e quando a vida nos responde com um "sim" as borboletas voam agitadas e serelepes pelos nossos trêmulos estômagos. Sim, é verdade, realizar um sonho é delicioso, mas assustador. Você se esforça loucamente para chegar ao objetivo, mas quando está com ele na palma da mão direita fica sem ação ou reação. O desconhecido pode causar certa antipatia ou até mesmo desgosto. A verdade é que passamos boa parte da vida perseguindo alguma coisa, indo atrás de algum desejo, reunindo esforços para conquistar uma meta. E quando ela está ali na nossa frente, inteira, viva, intensa acaba perdendo a graça, trazendo velhos medos à tona ou nos deixando profundamente confusos. Será que era isso mesmo que eu queria? Será que não era muito melhor ficar lutando para conquistar meu objetivo do que tê-lo bem aqui no meio dos meus dedos? O que faço agora que cheguei lá? Muito mais do que estar lá nós queremos chegar lá.
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O que não quero mais
Não quero mais saber de você, que ri da desgraça do outro. Que faz o possível e o impossível para atingir seu objetivo, sem se preocupar em manter a dignidade, o caráter, a honestidade e o respeito. Que humilha quem tem menos que você. Que fala coisas do tipo é-por-isso-que-vai-ser-sempre-caixa-de-supermercado. Que pergunta com arrogância sabe-com-quem-você-está-falando? Que passa por cima de qualquer um só para ganhar um prêmio, um upgrade na carreira ou um elogio do chefe. Que esquece que o mundo é bem redondinho, nunca para de rodar e que hoje você pode estar no topo, mas amanhã talvez esteja no chão.
Não quero mais saber de você, que não tem educação. Que acelera o carro antes do sinal abrir. Que não é capaz de segurar a porta do elevador para o vizinho entrar. Que não tem paciência em escutar uma pessoa mais velha contar a mesma história mais de uma vez. Que faz questão de passar rápido pela poça d'água só para molhar quem está esperando um táxi. Que não cede o lugar no ônibus para uma mulher grávida ou idosa. Que pensa que as palavras "obrigada", "por favor", "com licença" e "bom dia" são demodê. Que acha que garçons, garis, vendedores e atendentes não merecem respeito. Que não sabe o que é uma gentileza.
Não quero mais saber de você, que se acha o centro do mundo. Que acha que tudo é recalque, inveja ou despeito. Que pensa que tem um poder fora do comum. Que não percebe que é apenas mais um e que nós todos somos iguais.
Não quero mais saber de você, que não valoriza um sentimento. Que acha que as pessoas são descartáveis. Que brinca com um coração e depois joga no saco de lixo como se fosse um brinquedo velho e quebrado. Que não entende que as relações precisam de paciência, doação e sinceridade.
Não quero mais saber de você, que não cuida do mundo. Que deixa a torneira aberta enquanto escova os dentes. Que toma um banho de 458 horas. Que joga papel do chiclete pela janela do carro. Que não junta o cocô que o cachorro fez na calçada. Que não apaga a luz quando sai do quarto. Que não separa o lixo. Que deixa a comida estragar na geladeira.
Não quero mais saber de você, que não pensa no outro. Que fica rindo alto no cinema. Que dá festas no apartamento com som alto depois da meia-noite. Que passa reto pela criança com fome. Que nunca olhou para o lado pra ver o que está acontecendo. Que não sorri para quem passa pelo seu caminho. Que não percebe que uma simples palavra muda o dia de alguém.
Não quero mais saber de você, que só pensa em vingança. Que esquece que todo mundo já errou um dia. Que ainda não entendeu que as pessoas nunca serão perfeitas. Que não sabe que o perdão é uma das coisas mais bonitas do mundo inteiro.
Não quero mais saber de você, que não quer evoluir. Que não se importa em aprender algo novo todo dia. Que não faz questão de reparar os erros. Que não se esforça em melhorar, estudar, crescer, ser melhor.
Não quero mais saber de você, que não consegue apreciar um pôr-do-sol. Que endureceu com os tropeços da vida. Que não sabe rir de si mesmo. Que não consegue dar um abraço sossegado, um olhar compreensivo, uma palavra de afeto. Que não tem a leveza necessária para enxergar as belezas diárias da vida.
Não quero mais saber de você, que não sabe amar.
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Vem comigo
É claro que temos altos e baixos, fases boas e ruins, mas acredito que tudo depende da nossa forma de olhar para as coisas. Pode parecer um papo de hippie, meio paz e amor, mas entenda: tudo tem o peso que a gente dá. Se eu pensar puta-que-pariu-que-saco-isso vai começar a dar tudo errado e vou entrar naquela onda horrorosa que você também já deve ter entrado: uma coisa te irrita, daí você esquece a chave de casa, perde a consulta no médico, pega um engarrafamento absurdo, bate o pé no cantinho da mesa e, por fim, diz hoje-não-é-o-meu-dia ou estou-numa-maré-de-azar. É ou não é?
Tenho procurado não valorizar o que é baratinho. Se algo me irrita procuro me desirritar fazendo algo que goste, como ouvir minha música preferida 10x seguidas, dar uma caminhada no parque, ler um bom livro, assistir um filme, tomar chá de camomila ou contar até vinte e cinco mil de frente pra trás e de trás pra frente. Se eu esqueço a chave de casa chamo o chaveiro. Se eu perco a consulta no médico marco de novo ou imploro para a secretária remarcar assim que possível. Se eu pego um engarrafamento aproveito para ver se não surgiu nenhuma ruga nova. Se eu bato o pé no cantinho da mesa grito bem alto todos os palavrões que a vida me ensinou. E pronto. Acabou. Sem drama, sem neura, sem arrancar os cabelos, sem me achar a Sofrenilda da Vez, sem pensar que o mundo inteirinho me odeia e está conspirando contra mim, sem achar que é castigo divino, praga, azar ou coisa parecida. Não existe castigo, não existe praga, não existe azar. O que existe é a sua cabeça que de vez em quando adora jogar contra você mesmo.
Vamos nos dar uma trégua, parar de reclamar tanto, não ver pelo em ovo, não procurar coisa onde não tem. Vamos parar de falar mal dos outros, de procurar do lado de fora as falhas que estão do lado de dentro, de dizer que fulana deveria ser assim ou assado e se preocupar com o que você quer ser, de achar que sabe muito do outro para dizer como ele deve agir. Vamos julgar menos, elogiar mais. Vamos ser menos maldosos e mais generosos. Vamos falar bem dos outros ao invés de detonar quem cruza nosso caminho.
Energia pesada atrai energia pesada. Então vamos sentir bonito, desejar bonito e fazer bonito para receber bonito da vida.
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Um novo tempo
Dois mil e treze está quase encerrando sua participação em nossas vidas. Alguns, muito aliviados, dirão "ainda bem". Outros vão sentir uma pontinha de saudade deste ano pelos mais variados motivos, desde nascimento de filho até uma promoção espetacular no emprego. A verdade é que tudo tem um ciclo e todo ciclo tem o ponto de partida e de chegada.
Há quem diga que um novo ano não muda nada. Que é apenas mais uma etapa, os doze meses que recomeçam, os novos cabelos brancos que brotam na cabeça, mais um punhado de marquinhas no canto dos olhos, a mudança da folha no calendário. Que os anos passam apenas porque precisam passar, porque o tempo passa, porque a vida passa, porque tudo passa. Será?
Eu, que adoro procurar sinais e significados em tudo, adoro anos pares. Sinto um friozinho na barriga quando vejo que o ano é par, como se essa fosse uma garantia de que o ano será muito produtivo. Ora, ora, não sou tola, sei que isso não é atestado de coisa alguma. Mas gosto de manter essa ingenuidade (burrice?).
É claro que nada de fenomenal acontece só porque o ano mudou. Mas algo dentro da gente muda (não muda?). É como se fosse uma esperança que cresce a cada dia. Uma vontade de fazer tudo dar certo (não é à toa que surgem mil listinhas de resoluções nesta época). É um xeque-mate da vida: faz agora ou agora. A gente se sacode quando termina um ano. É um papo sério com você mesmo: e aí, fez o que precisava ser feito? Adiou para o ano que vem? Senta aqui e vamos resolver essa lenga-lenga já!
As pessoas, tão sofridas e carentes, precisam de algo para se sentirem vivas. E um novo ano traz isso. Renova a fé, faz com que os sonhos nasçam, cresçam e se reproduzam, faz com que a gente faça um balanço sincero de tudo que aconteceu ao longo dos anos. É um momento de reflexão, de pensar a fundo sobre o significado da vida. Eu sei que devíamos fazer isso mais vezes, mas a partida de um ano e a chegada de outro é um momento bastante propício e convidativo. Além disso, é melhor que essa reflexão aconteça uma vez por ano do que nunca, né? Por isso, desejo que você se renove, se chacoalhe, se encha de esperança, fé e a certeza de que tudo pode dar certo. Só depende de você.
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Adeus, 2013!
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Como se comportar numa entrevista de emprego
Muita gente acha que, na hora de procurar emprego, basta ter um excelente currículo e uma aparência razoável. Mas nem sempre isso é suficiente. É preciso ter empatia, sorrir na hora exata, calar no momento adequado e saber ouvir atentamente. Mais do que isso: são necessárias também duas doses de sinceridade. Sem pedrinhas de gelo.
Não precisa fazer essa cara de espanto, afinal, sinceridade é algo bonito de se ver e sentir. Eu explico: se o seu futuro empregador perguntar se você sabe fazer determinada coisa não adianta dar uma de "bonzão" e dizer que sim. Se você não sabe, não sabe. Simples assim. E não é vergonha nenhuma assumir que não possui tal habilidade ou que está disposto a aprender, crescer, evoluir, aumentar seus conhecimentos. Mesmo porque querer crescer é essencial. É muito difícil lidar com o ego de alguém que pensa que tudo sabe e que nada mais necessita aprender. Bom mesmo é aquela pessoa que se desafia a aprender algo novo todo santo dia.
Esqueça aquela velha história de chegar em uma entrevista bem penteado, com unhas impecáveis, perfumado e contando quantas especializações no exterior já fez. Nada disso impressiona se você não tem caráter, segurança e transparência. É claro que você precisa cuidar da casca, da embalagem, do que está por fora. É bom cuidar do visual, do hálito, da forma de se expressar. Mas muito mais importante que isso é ser uma boa pessoa. Um bom profissional é como uma casa: vai sendo construído dia a dia, tijolo por tijolo, peça por peça. Já uma boa pessoa é bem mais complicado modificar do dia para a noite. Leva tempo, décadas e muitas vezes a meta não é atingida.
Na hora do aperto muitas pessoas prometem coisas que jamais poderão ser cumpridas. E não tem nada pior do que propaganda enganosa, do que dizer que vai fazer e deixar a desejar, do que faltar com a palavra, do que se vender de uma forma inadequada só para tentar se dar bem. Não sei você, mas eu valorizo e muito as pessoas que se comportam como pessoas. E o que é, afinal de contas, ser humano? É se mostrar por inteiro, com seu lado bom e ruim, seus acertos e falhas, seus pontos finais e suas reticências. Sem máscaras, sem vestir o velho ditado "vassoura nova varre bem". Nós sabemos que no começo todo mundo quer causar uma boa impressão, não é à toa que existe o "amor à primeira vista". Mas não adianta causar uma falsa impressão, conquistar um falso amor. É ou não é?
Acredito que mais vale um honesto que seja esforçado do que um ninja preguiçoso (mesmo porque a preguiça não leva ninguém a lugar nenhum, não é verdade?). Mais vale uma pessoa com sede de aprendizado do que um embrigado de excesso de confiança. É melhor uma pessoa humilde que uma orgulhosa. Por isso, na hora da entrevista seja franco, olhe no olho, sorria se tiver vontade, seja de nervoso ou de felicidade.
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Que assim seja
Que a gente tenha mais vontade e menos preguiça. Mais coragem e menos medo. Mais alegria e menos lágrimas. Mais abraços e menos vazio. Mais sorrisos e menos cara amarrada. Mais leveza e menos reclamações. Mais saúde e menos doença. Mais colo e menos solidão. Mais mãos dadas e menos braços vazios. Mais conhecimento e menos cabeça fechada. Mais trabalho e menos corpo mole. Mais mudança e menos mais do mesmo. Mais acertos e menos erros. Mais entendimento e menos julgamento. Mais acolhimento e menos frustração. Mais perdão e menos picuinha. Mais elogio e menos fofoca. Mais reforço positivo e menos crítica negativa. Mais respeito e menos grosseria. Mais educação e menos palavrão. Mais caridade e menos olhares para o próprio umbigo. Mais olho no olho e menos palavras que nada valem. Mais tolerância e menos rebeldia. Mais cuidado e menos egoísmo. Mais doçura e menos grito. Mais esperança e menos desilusão. Mais fé e menos incertezas. Mais resposta e menos interrogação. Mais amor e menos gente que não sabe o que isso significa.
Amém. Que assim seja.
E que 2014 traga o que cada um precisa e espera.
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Rapidinhas
É assustador o que as pessoas fazem por alguns minutos de fama, algum dinheiro ou até mesmo um punhado de seguidores nas redes sociais. A cada dia que passa tenho mais medo do ser humano que, infelizmente, não sabe ser hu-ma-no.
Às vezes a gente quebra a cabeça se perguntando como fazer. Como fazer, meu Deus? Fazendo. Parece que estou debochando da sua cara ou da vida, mas é a mais chata e pura verdade. Se você quer algo tem que fazer acontecer, mesmo que erre, mesmo que não consiga, mesmo que tudo vá pelo ralo.
Fazendo: essa é a palavra do dia. E da vida.
Nada é definitivo. Lembra disso: nada é definitivo. Sempre podemos mudar as coisas, sejam elas grandes ou pequenas.
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Oração do obrigada. Ou obriga-ção.
Meu Deus, obrigada por ter escolhido a minha família a dedo. Sem eles eu não teria aprendido a diferenciar o certo do errado, o bom do ruim, o que une e o que separa.
Obrigada por me presentar com bons amigos. Pessoas que riem meus risos, dão um empurrãozinho nos meus sonhos, confortam minhas tristezas e me contam uma piada na hora da raiva.
Obrigada por me trazer um amor, meu Deus (um amor!). Sei que hoje em dia muitos estão em busca da tal alma gêmea, alguns inclusive nem mais acreditam que ela possa mesmo existir. Mas eu nunca deixei de acreditar, já que sempre quis ter alguém para compartilhar minhas exclamações, interrogações, reticências e parênteses.
Obrigada por me mostrar que o amor transforma o mundo e as pessoas. Essa palavrinha de quatro letras é tão falada pelo mundo afora, pessoas gritam aos quatro ventos que amam, mas não sabem ao certo o que isso significa, pois esquecem que para amar é preciso saber se doar.
Obrigada por me dar forças. Sei que na vida precisamos ser fortes para enfrentar toda e qualquer adversidade que apareça no meio da caminhada. É preciso ser forte para enfrentar situações, pessoas e nós mesmos.
Obrigada por colocar na minha vida gente que trai, mente, engana, rouba, trapaceia e ilude. Com elas, aprendo como nunca quero ser. E por causa delas sinto mais vontade ainda em transformar o mundo. Nem que seja o meu.
Obrigada por proteger meu lar. Aqui dentro só entra quem mora dentro do meu coração.
Obrigada por abençoar meu trabalho e me mostrar que para ter algum sucesso é preciso trabalhar duro. Sei que nada vem de graça nessa vida e procuro fazer tudo que está ao meu alcance para evoluir.
Obrigada por me indicar as saídas quando estou perdida. Sei que nunca estou só e agradeço o carinho.
Obrigada por me fazer acreditar em sonhos. Eu acredito e sei que eles se realizam. Obrigada por tudo, meu Deus.
Que seja assim seja.
Amém.
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Luluzices e Luluzeiras
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No Instagram
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Que tal?
Não dá pra colocar a culpa no mundo e se esquivar de enfrentar os próprios demônios. Não dá pra dizer que a vida está desgraçada, que não tem ninguém, que o trabalho não satisfaz, que não encontra mais prazer nas coisas simples. Não dá pra virar as costas para a longa, úmida, tortuosa e florida estrada que é a vida. Não dá pra ficar parado num canto escuro, de braços dados com a solidão, apoiado na tristeza e de olho na frustração. Não dá pra perder o sono, a fome, o tesão, o encantamento, o brilho no olhar. Não dá pra pensar que nada mais tem saída e que os dias não passam de buracos negros que não têm fundo. Não dá pra pensar que o labirinto não tem saída. Não dá pra perder a confiança, a fé, a esperança. Não dá. Mas como vou mudar?, você me pergunta. E eu te respondo: modificando, primeiro, a maneira de pensar. Não pensando que é um grande complô, uma presepada ou uma brincadeira de gosto duvidoso esse "excesso de coisas ruins" que têm acontecido. Mesmo porque, deixa eu te contar um segredo, quando a gente reclama demais e agradece de menos acaba ficando mais atento para cada passo em falso que a felicidade dá. Quando estamos com nossas antenas ligadas na frequência da negatividade acabamos atraindo cada vez mais coisas ruins. Como assim?, você me interroga. E prossegue: perdi meu emprego, meu pai, meu apartamento, meu namorado. E eu te respondo: não, você não perdeu absolutamente nada. Você ganhou. Ganhou a oportunidade de ter trabalho naquele lugar. Ganhou a oportunidade de ter convivido com seu pai. Ganhou a oportunidade de trocar de casa. Ganhou a oportunidade de encontrar um novo amor. Ganhou a oportunidade de aprender e tirar uma boa lição de cada coisa chata, triste ou horrível que já aconteceu na sua vida ao longo desses anos. Não sei no que você acredita, mas eu acho que Deus não olha pra uma pessoa, aponta o dedo e diz: você vai ser um desgraçado. As coisas não funcionam dessa forma, nesse tom. Muitas vezes, sem perceber, eu acabo atraindo coisas que não são boas. Pelo meu jeito de pensar, pelas escolhas que faço, pelo caminho que sigo, pelas pessoas que conheço, pelos pensamentos que tenho, pela mania torta de não aprender com o primeiro tropeço. Sou eu. E-u. É um assunto comigo, não com o mundo. Ninguém tem culpa se as coisas não estão dando certo. E não, não pense que a vida da atriz global é infinitamente melhor que a sua só porque ela aparece bem penteada, maquiada, grifada e acompanhada. A vida de ninguém é um comercial de biscoito ou margarina. Todo mundo tem que conviver e aprender com suas mazelas e insucessos. Faz parte do amadurecimento. Mas existe, sim, uma coisa que você pode fazer. Ou começar a fazer, se é que ainda não percebeu o intenso efeito que isso faz. Você pode se modificar pouco a pouco todos os dias. Se você já percebeu que reclamar ou colocar a culpa no outro não soluciona os seus problemas, que tal arregaçar as mangas e ir em busca de uma vida mais leve? Que tal se conectar mais consigo mesmo? Que tal procurar perceber o porquê de determinadas coisas? Que tal refletir profundamente sobre tudo que já viveu e sentiu? Que tal parar de se vitimizar e procurar tudo de bom que a vida te trouxe até agora? Que tal?
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Para refletir
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Viajar é preciso
O verão é aquele período perfeito para tirar uns dias de férias, desligar do mundo e conhecer lugares diferentes e especiais. Sou da teoria que viajar é uma das melhores formas de se conhecer e, é claro, conhecer o mundo. Viajar é enriquecer, adquirir conhecimento. É descobrir que a tua casa não é o local que te protege da chuva, vento ou calor: a tua verdadeira casa é o mundo.
Como estou louca pra tirar uns dias de férias, comecei a fazer pesquisas na internet e descobri que o site Cupons Mágicos está com uma oferta incrível: 10% de desconto em todas as viagens e pacotes do Hotel Urbano, que é uma das maiores agências de viagens online do Brasil. O Hotel Urbano tem um montão de hotéis bacanas em diversos lugares do mundo. E o melhor é que é super simples de pesquisar destinos. Veja aqui ao utilizar o Cupom Hotel Urbano.
Não perde essa oportunidade de fazer aquela tão sonhada viagem por um preço bem camarada.
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Frases perdidas
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Revelação
Nunca soube me expressar direito, talvez eu tenha algum problema emocional. Não, não, perdoe a minha falha e a falta de consciência: eu tenho, sim, um problema emocional. Não sei lidar com frustração, não sei falar o que sinto, não sei expressar minha raiva, não sei mostrar minha alegria, não sei escancarar a minha dor, não sei demonstrar meu descontentamento com maturidade.
Só sei gritar, chorar, perder a razão, perder a voz, perder o controle, perder o chão. Apesar disso, confesso bem baixinho: não sei perder. Não sei me comportar. E não sei se sei crescer. Entende isso? Crescer é difícil, estraçalha a gente por dentro. E é complicado sorrir com a alma em frangalhos.
Às vezes, algum sentimento sem nome me paralisa. Frequentemente, algo me invade e grita "vai". Mas não vou, tenho medo. Tenho medo de ir, de ficar, de tirar a máscara, de me revelar. Tenho medo que você não goste daquelas coisas que a gente vive tentando esconder. Tenho medo de não me reconhecer ao tirar aquele véu invisível que a gente usa para se proteger. Tenho medo de jogar minha arma no lixo. Tenho medo de descobrir os meus próprios lixos. Tenho medo de ter algo mais podre que uma lixeira que transborda.
Talvez isso tudo soe bobo para você. Mas eu sei que sou bem boba quase sempre. Eu e meus medos tolos. Medo de trovão, de lagartixa, de dentista, de fazer exame de sangue, de que a energia acabe, de que o escuro me invada. Medo de quando o avião vai pousar, de que algo ruim aconteça, de turbulência no ar. Medo de não segurar a lágrima, de ser obrigada a trancar o riso, de procurar e nunca achar. Medo de andar em círculos, de não saber fazer a coisa certa, de não existir a coisa certa neste mundo tão incerto. Medo de que a alegria acabe e que a tristeza dure um tempo maior do que posso aguentar. Medo de perder a esperança, de não conseguir enxergar a famosa luz no fim do túnel, de cair do precipício, de me perder no meio da multidão. Medo da cara feia, do sentimento estragado, da falta de caráter e da promessa quebrada. Medo de derreter, de congelar, de empacar. Medo de que o medo não passe.
Não sei se o ser humano é assim, esquisito e medroso. Mas eu sou. E agora, neste momento, sem jeito, sem rumo e sem receio, te digo: não sei o que esperar. E a dúvida, essa sem vergonha, é o que me mata.
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O reencontro
Sei que não é o acaso que nos une, nem a coincidência que me colocou no teu caminho. Sei que existe um propósito maior para tudo isso que vivemos por aqui. Sei que quando tua mão encostou na minha foi como se eu tivesse retornado para um lugar querido. Sei que quando meus olhos enxergaram o brilho dos teus a minha boca disse um silencioso sim.
Aquela noite o mundo parou por alguns instantes, foi como um reencontro de almas, de corações, de vidas. Sei que muita gente torce o nariz para essa história de metade da laranja, amor eterno e tudo mais. Mas eu, com toda a certeza que tenho nas mãos e com toda a paz que carrego no coração, digo: eu acredito. Não, você não é a metade da minha laranja, pois laranja definitivamente não é a minha fruta preferida. Mas você é a metade da minha cereja. Sei que ela é pequena, frágil, delicada. Mas o amor nasce assim, desse jeito. O amor vai se tornando forte com o passar do tempo, das mini-revoluções, das quedas, dos arranhões, da rotina. O amor vai se tornando grande com o exercício da tolerância, da paciência, do entendimento, da aceitação. O amor só não pode se tornar rude. Ele deve, sim, proteger, ser firme, ser um escudo. Mas não pode perder a leveza, a delicadeza, o encantamento.
O amor precisa renascer diariamente. Pena que muita gente não tem tempo nem vontade para ajudá-lo. O mundo hoje em dia parece estar ocupado demais para essas coisas de amor. As pessoas, presas na bolha do egoísmo e do umbiguismo, não querem dar o braço a torcer, tampouco guardar o ego na estante. As pessoas querem ser eu, não querem ser nós. O máximo que fazem é unir o eu + você. Só não conseguem concluir a equação: eu + você = nós. E isso é uma pena.
Nesses (e em tantos outros) momentos é que percebo o quanto tenho sorte. Mas, você sabe, não acredito nisso. Então, reformulando a frase: nesses (e em tantos outros) momentos é que percebo como foi boa essa oportunidade que tive de te re(encontrar).
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Frases perdidas
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O melhor (e o pior) de mim
Andei pensando: não sei se você ia mesmo gostar de mim. Talvez você se encante apenas pelo que aparento ser. Mas quer saber de uma verdade dolorida? Quase sempre falo sem pensar e isso me coloca em diversas encrencas. Frequentemente a raiva toma conta de mim, então explodo através de palavras duras, mágoas que ressurgem do cantinho empoeirado do fundo do coração. Não consigo sintetizar um pensamento: às vezes enrolo e enrolo pra dizer uma coisa simples.
Acredito naqueles sinais que para os outros são coisas tolas. Acho que tudo tem uma explicação e que a vida é um quebra-cabeça. Do lado avesso, é claro.
Preciso aprender a limpar o mofo da minha alma. Às vezes acho que ela está completamente suja. Sugiro, inclusive, que alguém invente um produto anti-mofo-interno. Ia ser sucesso absoluto.
Não gosto de dizer que homem é assim e assado. Acho que eles são muitas vezes injustiçados e que nós, mulheres, temos uma mania danada de perseguição. Alguns homens são, sim, machistas. Mas conheço um punhado de mulheres que são mais machistas que eles. Generalizar é uma palavra feia e tem um significado extremamente duvidoso.
Me questiono diariamente a respeito das minhas atitudes. Sempre acho que posso ser melhor, acontece que a impulsividade me impede de analisar alguns fatos com clareza. Por isso, peço todo dia um pouco mais de paciência, calma e tolerância.
Acho que a felicidade é algo que as pessoas perseguem dia após dia e pensam que nunca encontram. Esquecem de olhar para o momento em que vivem, curtir os pequenos instantes, agradecer os segundos mágicos e intensos que fazem parte das nossas vidas. Não, eles não são grandes e luxuosos: são minúsculos e simples.
Por falar em agradecer, procuro dizer vários "obrigada" todos os dias. Agradecer o que tenho, principalmente. Mas não falo de coisas materiais. Falo de amor. Essa palavra curta, bonita e quase nunca usada.
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